terça-feira, 18 de março de 2014

22º dia: 5ª feira, 21 de novembro de 2013 - Guarulhos, Vitória (ES)

O vôo foi perfeito, sem distúrbios nem crianças chorando... Serviram-nos o tradicional café da manhã e, logo em seguida, aterrissamos em São Paulo às 4 da manhã, uma hora antes do previsto! Após os procedimentos de praxe na imigração, nos dirigimos à área das esteiras, para pegar nossas malas, e descobrimos que haviam chegado mais TRÊS vôos, vindos de outras origens, simultaneamente! Aí ficou difícil: as bagagens demoraram quase UMA HORA para chegar até nós! 

Vieram todas elas, sem problemas. Com elas em mãos, fomos ao free shop, onde havia encomendado 12 garrafas de vinho para eu levar e mais 12 para Mary, já que esta é a cota que cada passageiro que vem do exterior tem direito a comprar. Subimos para realizar o check-in e a TAM nos informou que, como estávamos em vôo de conexão, deveríamos ir a outro guichê, só para despachar as bagagens. Então veio a surpresa: como tínhamos 3 malas, mais duas caixas de vinho e a franquia de bagagem é de somente 4 volumes, tive que pagar mais US$120 para despachar o 5º volume! Fazer o quê? Vivendo e aprendendo!

Vitória, ES
Na sequência, depois de um sobe e desce para pagar o tal "excesso de bagagem", fomos para a sala de embarque, meia hora depois chamaram os passageiros para embarcar. Usamos, mais uma vez, minha prerrogativa como "passageiro preferencial" e subimos a bordo. Nos instalamos, ganhamos algumas balinhas da Comissária de Vôo, decolamos e, no horário previsto, aterrissamos em Vitória, onde nossos filhos já nos esperavam para nos levar para casa. Viajar é muito bom, mas retornar ao nosso "lar, doce lar" é ótimo!

Próxima viagem? Estamos planejando voltar à França, só que, desta vez, à Provence...

segunda-feira, 17 de março de 2014

21º e último dia: 4ª feira, 20 de novembro de 2013 - Milão

Dia de retornar ao Brasil! Tomamos nosso café da manhã no próprio hotel mas, neste dia, estava trabalhando (!) outra funcionária... E com um mau humor que não era brinquedo! O esquema é o seguinte: os pães, bolos, queijos, presuntos, frutas, etc, ficam no salão e você se serve à vontade. Há uma cafeteira daquelas enormes, junto com uma igual para leite e outra para água quente, também self-service e, se preferir um cappuccino ou um espresso, a gente pede para a atendente, ela prepara na cozinha e traz até à mesa. Neste dia eu pedi um espresso e estou esperando até hoje! Mesmo assim preparamos uns sanduichinhos, para levar para comer no aeroporto e, ainda fizemos um pequeno estoque de frutas e bolos, para o caso da fome apertar...

As malas já estavam prontas, devidamente arrumadas e protegidas com a fita e o filme de PVC e nosso vôo só decolaria às 16:00 h. Descemos, então, para tentar cumprir nossa última missão: encontrar e comprar o tal do iPhone-5 para nossa filha. Assim, voltamos à loja Juice na Piazza Firenze, mas não tinham... Seguimos para outra, na Piazza Caneva, onde também não havia nenhum exemplar à venda. Entretanto o vendedor, Matheus, se prontificou a telefonar para outras filiais e descobriu que, na situada no Corso San Gottardo, próxima à Porta Ticinese, onde jantamos no dia anterior, ainda restava um! Ele pediu para seu colega daquela loja reservá-lo para nós. Como lembrávamos do caminho, compramos uns tickets e embarcamos no tram que nos levou até ela. E o famigerado iPhone-5 estava nos aguardando! Mary comprou-o e retornamos para o hotel. 

Lá chegando fomos até o quarto, pegamos a bagagem e descemos com ela. pagamos a conta e, para nossa surpresa, cobraram-nos mais €5 por pessoa por dia, como "Tassa di Soggiorno", um imposto que vai para o governo! 

Estava chovendo e para ir ao aeroporto o plano era pegar um tram, saltar numa determinada estação do metrô, fazer uma baldeação e seguir para a estação ferroviária, onde tomaríamos um ônibus que vai até o aeroporto de Malpensa, que fica a 40 quilômetros distante do centro de Milão. Visando simplificar esta aventura, pedimos ao recepcionista que nos conseguisse um táxi e assim foi feito. Dez minutos depois o veículo chegou, o motorista ajudou-nos a colocar as malas no bagageiro do seu Toyota Prius e nos deixou na Stazione Milano Centrale (a corrida custou €16,50) para, 10 minutos depois, já estarmos confortavelmente instalados à bordo do autobus (€10 por passageiro).

No aeroporto fomos para o guichê da TAM e, utilizando a fila para a "melhor idade", fizemos rapidamente o check-in, despachamos as malas e fomos procurar um lugar para sentarmos e saborear o lanche que preparamos do hotel. Mary foi até uma cafeteria e comprou uma cerveja Morroni para mim e uma água tônica para ela, que acompanharam os sanduíches. Aproveitei a oportunidade e, no free shop, comprei um pack contendo 3 garrafas de vinhos italianos, 2 tintos e um branco. Em seguida nos dirigimos para a sala de embarque e, meia hora depois, ocupamos nossas poltronas no avião. 

tortelini de ricota
Uma hora e meia após decolarmos serviram-nos o jantar: eu escolhi carne ensopada com batatas e Mary tortelini de ricota. Tomamos vinho tinto e água e eu, para encerrar, pedi um café... Então recostei a poltrona e, desta vez, dormi bastante! Mary ainda tentou ver um filme...

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

20º dia: 3ª feira, 19 de novembro de 2013 - Milão

Neste nosso último dia em Milão o tempo estava chuvoso. Decidimos ir até o centro comercial próximo
para comprar algumas lembrancinhas para levar para o Brasil e , também, algumas "encomendas" dos nossos filhos: umas camisas e pneus para bicicleta, só que brancos (totalmente brancos...)! Só nós, mesmo... E encontramos tudo que queríamos lá, até os pneus! 

Voltamos ao hotel, onde deixamos as compras todas e partimos para a próxima "missão": encontrar um iPhone-5 dourado, pedido de nossa filha. Solicitamos ajuda ao recepcionista do hotel e ele nos indicou uma loja denominada Saturn, distante umas 4 quadras de onde estávamos, e para lá rumamos. É uma loja enorme, multimarcas, especializada em eletrônicos, inclusive peças e acessórios. Porém não tinha o aparelho... E nos recomendaram procurar uma loja Juice, que só trabalha com produtos da Apple. Havia uma em um endereço não muito longe dali. Achamos a loja, só que não tinha o modelo encomendado...

Demos meia-volta e caminhamos para o hotel, só que demos uma entradinha em outro supermercado, o Supermarket, de bairro, não muito grande. Observamos os produtos e seus preços, só de curiosidade... Não compramos nada e seguimos para o Iper, onde adquirimos uns biscoitos típicos, os amaretti, com um sabor pronunciado do licor de amêndoas (Amaretto) e os cantucci, recheados com amêndoas e que os italianos usam molhá-los no vin santo, um vinho doce e licoroso, antes de degustá-los! Ambos iríamos levar para o Brasil e, especialmente, para nossos colegas do curso de língua italiana! Aproveitamos e levamos, ainda, filme plástico de cozinha, para envolver e proteger a mala que iria transportar os vinhos que tínhamos comprado, além de uns sanduíches frios, refrigerante sabor laranja e uma cerveja long-neck, que seriam o "lanchinho" da tarde.

Após o lanche, no quarto do hotel, começamos a ingrata tarefa, mas que tem que ser feita, de arrumar as malas... As garrafas de vinho foram devidamente enroladas com peças de roupa, acomodadas adequadamente e, depois da mala fechada, a "embrulhamos", literalmente, com o filme plástico, o que nos dá, pelo menos, a sensação de que está bem protegida!

Porta Ticinese
Trattoria Toscana
Cumprida esta missão, tomamos banho e saimos para jantar. Nosso professor de italiano, no Brasil, é milanês "da gema"! Nos recomendou a Trattoria Toscana. localizada perto da Porta Ticinese, ao sul do centro histórico. Nos valendo das informações passadas pelo recepcionista do hotel, tomamos um tram e descemos na Porta Genova que, segundo ele, seria a parada mais próxima do restaurante. Só que tivemos que andar a pé mais de um quilômetro para chegar lá! E vimos que essa área da cidade é bastante movimentada, inclusive o comércio: na hora que chegamos, por volta das 7 da noite, as lojas estavam abertas e muitas pessoas, se não estavam comprando, pelo menos estavam olhando, pesquisando... Mary aproveitou e comprou um par de botas, que ela procurou em vários outros lugares!

A  Trattoria fica no Corso di Porta Ticinese e, caminhando por esta via, passamos em frente a ele e não o vimos. Fomos até o final da rua, retornamos e perguntamos a um motorista de táxi, que nos indicou onde ficava. Então conseguimos descobri-lo! Olhando por fora, pelo tamanho da entradinha, não se tem idéia de como ele é grande por dentro. São três ou quatro ambientes rústicos e muito acolhedores. Nos acomodamos e fomos logo atendidos: Mary pediu gnocchi al gorgonzola e eu um contrafile especiale e patate al forno (batatas assadas). Para beber pedimos água naturale e um vinho da uva aglianico, muito saboroso. Para encerrar, um espresso lungo (grande) e a conta: €57.


gnocchi al gorgonzola

                          contrafile especiale
patate al forno

Observamos que haviam trilhos de bonde no Corso di Porta Ticinese e que o tram nº 19 passava ali! Era o mesmo que parava em frente ao hotel! E o recepcionista nos fez andar por mais de um quilômetro! Embarcamos nele e, 15 minutos depois, já estávamos outra vez em nosso quarto! Fácil, fácil! Então foi só deitar e dormir... O próximo dia iria agitado: voltaríamos para casa!
Dica gastronômica: Trattoria Toscana - Corso di Porta Ticinese, 58, Milão



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

19º dia: 2ª feira, 18 de novembro de 2013 - Milão

Via Bramante - Chinatown
Começamos nosso dia com o café da manhã no hotel e depois pegamos o bonde para darmos uma passada pela Via Bramante, que é uma das que fazem parte da Chinatown deles. Uma grande quantidade de lojas, principalmente de confecções, estão ali com seus vendedores de olhinhos puxados servindo os clientes com preços bastante convidativos. A qualidade pode não ser "aquela", porém várias mercadorias são bem aceitáveis... 

Corso Buenos Aires
Dali pegamos outro tram e depois o metrô. Descemos numa estação bem na extremidade norte do Corso Buenos Aires, avenida com mais de um quilômetro de extensão e que reúne um enorme comércio de roupas e calçados, em sua grande maioria, e não são as griffes "carésimas" que estão ali e, sim, as para o consumo da classe trabalhadora, quero dizer, a menos abastada... São lojas e mais lojas, tanto de um lado como do outro da via. Entretanto estava chuviscando, o que tornava este passeio não tão agradável!
Luini Panzerotti

Seguimos adiante, sem comprar nada... O objetivo, naquele momento, era encontrar o Luini, uma tradicional lanchonete situada no centro da cidade e que produz o panzerotti, espécie de pastel recheado e frito. São impressionantes as filas formadas por seus clientes no horário do almoço! E nós não abrimos mão de provar um... Quando chegamos não tinha tanta gente assim, porém só haviam sobrado os recheados com mussarela e tomates! Então OK: nos traga DOIS! E saboreamo-os ali mesmo na rua, tomando uma cervejinha, até com um pouquinho de chuva caindo... 

Próxima atração? Achar o De Santis. Eu havia lido que é o lugar, também ali pelo centro, onde se comem os melhores panini da face da terra! Então vamos até ele, para comprovar... No percurso descobrimos que estávamos em um verdadeiro e gigantesco shopping a céu aberto. A região no entorno do final do Corso Venezia, que é o nome que toma o último trecho do Corso Buenos Aires, tem uma imensidão de lojas muito chics que vendem produtos das mais famosas e badaladas marcas internacionais, seja de roupas, calçados , jóias e relógios ou de material esportivo. Passamos "de passagem" só apreciando as vitrines... E chegamos ao nosso destino! Este De Santis (existem mais 3 lojas) é pequeno e bastante simples e estava vazio, só o dono e sua namorada lá dentro. Experimentamos um panini (sanduiche feito com pão ciabatta) recheado com presunto cru, queijo de cabra e abobrinha, delicioso e tem a fama que merece, acompanhado por um chopp. E depois da degustação fomos até o ponto mais próximo, pegamos o bonde e voltamos ao hotel.

Subimos, tomamos um banho e saimos para jantar. Estávamos um pouco cansados de caminhar e, assim, resolvemos retornar ao Ebamo, pertinho... Desta vez pedimos para Mary um kebab completo (caprichado, servido no prato, com salada e batatas fritas) e panchetti (tipo de rigatoni) com molho de tomates, mussarela de búfala e manjericão para mim. Antes, entretanto, veio "aquela" focaccina, quentinha, crocante e por conta da casa! Tomamos um vinho Nero D'Avola siciliano, Nobili di Trinacria, e água natural. Então, satisfeitíssimos mais uma vez, pedimos a conta (€32,50), agradecemos a todos e nos despedimos. 
panchetti


kebab

Voltamos para o hotel e fomos dormir. Quando estávamos pegando no sono um despertador tocou em outro quarto e acordamos. Custamos a dormir novamente, mas conseguimos...

Dicas gastronômicas: Luini Panzerotti - Via S. Radegonda 16, Milão
                                           
                                     Paninoteca De Santis - Corso Magenta, 9, Milão

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

18º dia: domingo, 17 de novembro de 2013 - Milão


Milão é a segunda maior cidade da Itália (só perde para Roma!). Em sua região metropolitana estão mais de 7 milhões de habitantes! É conhecida mundialmente como a capital do design, com maior influência global no comércio, na indústriamúsica, esporteliteraturaarte e mídia, tornando-se uma das cidades principais do mundo. Sua arquitetura neoclássica é imponente, suntuosa e deslumbrante, possuindo diversos exemplos: a Galeria Vittorio Emanuele e o Duomo (sua catedral) são dois deles. É também conhecida por conter vários museus importantes, universidadesacademiaspaláciosigrejas e bibliotecas.

Neste dia dormimos até um pouco mais tarde (9:00 h) pois não tínhamos nenhum compromisso... Tomamos o café da manhã (incluido nas diárias) no salão que fica no último andar do prédio. É bem farto e caprichado! Preparamos, ainda, um "lanchinho", para o caso de dar fome na rua: duas peras e dois bolinhos desses industrializados, os quais embrulhamos bem em guardanapos de papel e colocamos em nossa mochila. Em seguida descemos, adquirimos mais tickets para o tram, atravessamos a avenida e fomos conhecer as redondezas. No segundo quarteirão em frente ao hotel há um grande centro comercial e um enorme supermercado, de nome Iper, que estavam abertos e apinhados de gente, mesmo sendo um domingo... 

Depois de visitá-los resolvemos ir a pé até o centro, passeando, seguindo a linha do bonde, não mais do que uns 5 km... Encontramos, primeiro, o Parco Sempione e seu Arco della Pace (Arco da Paz), construido lá pelos anos 1800 em homenagem a Napoleão. 
Parco Sempione

Castello Sforzesco
Também neste parque está o Castello Sforzesco, construido no século XV, ampliado e reformado por várias vezes e, atualmente, abriga diversos museus e obras de arte. Estão lá o Museu Egípcio, o Museu de Arte Antiga e o Museu de Instrumentos Musicais, dentre outros. Além disso possui uma área verde muito grande, muito propícia a uma gostosa caminhada por entre seus gramados, árvores e lagos. Num dos extremos do parque está a entrada do castelo, uma imponente torre, com seu relógio e seu sino. Bem em frente a esta entrada ficam muitos "camelôs" vendendo os mais diversos souvenires além das já manjadíssimas bolsas "de griffe", com preço inicial de €50 que passa para uns €20, se você somente ameaçar comprar... Ali também está um chafariz, que tem uma mureta em torno, lugar ideal para sentar e fazer uma pausa, ou seja, aproveitamos para relaxar um pouco e para saborear as peras e os bolinhos que havíamos trazido do hotel. 
Galleria Vittorio Emanuele

Em seguida fomos até um dos símbolos de Milão: demos uma entradinha "básica" na Galleria Vittorio Emanuele, só para sentir as emoções de estar em seu interior. É realmente linda, mas as lojas e produtos não são "para o nosso bico"... E já estava na hora do tradicional pit stop: viramos a esquina e entramos no Copolla Bar Gelateria, onde pedimos um panzenini (um pão tipo árabe recheado com fatias de mussarela, de berinjela grelhada, de tomates e folhas de rúcula: €9) e os dois chopps mais caros do mundo: como não olhamos os preços no cardápio, tivemos que pagar o absurdo de €8 cada!

tram
Continuamos nosso périplo, entramos numa rua mais estreita e nos deparamos com uma feira de antiguidades com várias barraquinhas espalhadas por ela. Já que não era nosso propósito comprar nada de arte antiga, depois de percorrê-la resolvemos dar meia volta e retornar ao hotel. Pegamos um tram e descemos em frente a ele. Antes de subirmos fomos ao supermercado e compramos água mineral, um vinho e um pedaço de queijo, os quais saboreamos tranquilamente em nosso quarto, enquanto tentávamos estabelecer uma conexão com a internet, o que, mais uma vez, não conseguimos: o sinal estava péssimo!

Já estava escurecendo quando saimos para procurar um lugar para jantar. Fomos até o supermercado e lá existe um self-service com vários divisões: uma só com saladas, outra só com massas e molhos, etc. Não conseguimos que alguém nos orientasse como proceder, então deixamos as bandejas que havíamos pegado em qualquer lugar e, aborrecidos, saimos. Voltamos para a avenida do hotel (Viale Certosa) mas, como era domingo, estava quase tudo fechado. Achamos um "rodízio de massas"! Funciona assim: você paga €25 por pessoa, come até cair e tem direito (!) a um canecão de chopp... Não era nosso caso, naquele momento, nos empanturrar de comida... Levantamos, agradecemos e saimos... 

Voltamos para a rua lateral do hotel e encontramos  o Edamo Pizzeria Ristorante, aberto e funcionando a pleno vapor! Chovia. Entramos e estava muito quente lá dentro... Lá fora haviam mesas e cadeiras numa área coberta, só que era para fumantes... Tiramos os agasalhos e nos acomodamos na área interna, mesmo. O restaurante é bem simples e estava cheio. A Irina, namorada do dono, veio nos atender. Viu que falávamos em português e adiantou-se, dizendo que tinha morado e trabalhado em Portugal por três anos, ou seja, falava nossa língua muito bem! Eu pedi peixe espada à primavera e Mary costeleta a primavera (costeleta de porco à milanesa e salada), além de 2 chopps. Por conta da casa veio, como entrada, uma focaccia, torradinha, quentinha, tudo de bom! E para terminar eu tomei um espresso. A conta deu €32 mas só nos cobraram €30!


                                                                     focaccia

peixe espada a primavera

costeleta a primavera


Fato curioso: na mesa atrás da nossa sentaram-se uma senhora e dois homens, um cinquentão e o outro mais novo, todos italianos. Acho que ouviram-nos conversar em português e o cinquentão, muito falante, disse que conhecia o Brasil, perguntou de onde éramos e gabou-se que já havia estado em Vitória e em Guarapari! E continuaram conversando entre eles!

Agradecemos à Irina, parabenizamos todos pela atenção e pela presteza, voltamos para o hotel e fomos dormir, pensando: mundo pequeno, este!

Dica gastronômica: Ristorante Pizzeria Edamo - via Tavazzano, 6, Grosotto, Milão

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

17º dia: sábado, 16 de novembro de 2013 - Turim, Milão


Frecciabianca 
Dia de nos despedirmos de Turim: iríamos para Milão, passar 4 dias e, de lá, embarcar para o Brasil, de volta para casa! Acordei às 5 da manhã com um "baticum" debaixo da janela do nosso quarto, que ficava no 3º andar: era dia de feira, novamente, e a montagem das barracas, a descarga e a arrumação das mercadorias geravam este barulho todo... Aproveitamos, então, para realizar uma experiência. Tínhamos levado 3 malas, duas médias e uma pequena. A pequena era para trazer os vinhos, que já estavam devidamente enrolados em roupas que não iríamos mais usar. Então Mary deu a idéia de tentarmos esvaziar uma das malas médias e colocar a pequena dentro dela, para termos menos coisas para carregar! E não é que deu certo?

Nós tínhamos comprado, e pago no ato, pela internet, ainda no Brasil, duas passagens no trem de alta velocidade Frecciabianca de Turim para Milão, que custaram €18! O detalhe era o seguinte: não poderíamos alterar nada nelas, nem data, nem horário e também não eram reembolsáveis... Mas valeu a pena! Então, depois do café da manhã, descemos para o check-out: como também já tínhamos pago quando reservamos, estava tudo certo, foi só agradecer ao Sr. Emaq por tudo e nos despedirmos. Ele ainda comentou que um dos seus sonhos era vir ao nosso país para assistir a Copa do Mundo de futebol! Desejamo-lhe sorte! E partimos, de "mala e cuia", para pegar o tram até a estação Porta Nuova, onde embarcaríamos. 

estação Porta Nuova
Eram dez horas da manhã e enquanto esperávamos o horário do trem partir (às 13:10 h) fomos até o escritório da empresa que administra as ferrovias italianas, a Trenitalia, onde descobrimos que este tipo de bilhete, impresso numa folha de papel em casa, não precisa ser validado na máquina, é só embarcar no vagão certo, sentar nas poltronas marcadas e mostrar para o fiscal, que está tudo OK! Aproveitamos o tempo que tínhamos para, nos revesando, dar uma passeada pelas lojas existentes na estação enquanto um ficava vigiando as malas .

vagão Frecciabianca
O os vagões do trem, mesmo na classe econômica, que era o nosso caso, são superconfortáveis, limpíssimos e espaçosos. A viagem demorou não mais que 1:40 h e nem parece que você vai a 300 km/h! Desembarcamos na imponente estação Milano Centrale e, enquanto Mary olhava as malas, eu fui tentar comprar tickets para o metrô, pois já havíamos pesquisado como chegar ao hotel que reservamos. Entretanto, após perguntar a um policial, ele me indicou o escritório de turismo na própria estação. Eu o encontrei e estava fechado! Perguntei novamente ao mesmo policial, que me respondeu que só ali eram vendidos... Fazer o quê?

estação Milano Centrale
Saimos, então, e nos dirigimos ao ponto de táxi. Perguntamos a um dos motoristas quanto custaria uma corrida até o Antares Hotel Academia, onde iríamos nos hospedar, o qual nos informou que seria algo em torno de €12... Embarcamos e, vinte minutos depois, pagamos €12,90 em frente ao hotel. Fizemos o check-in, tudo OK com nossas reservas e nos acomodamos. Neste dia tentamos mais uma vez, e conseguimos, falar com nossos filhos, usando o chip para celular que compramos em Como!


Descemos, solicitamos um mapa e informações ao recepcionista do hotel, compramos bilhetes para o transporte público ali mesmo na recepção (€1,50 cada) e nos dirigimos para o ponto que fica bem em frente. Estava frio e chuviscando. Consultamos o mapa que fica exposto no abriga e ficamos em dúvida qual tram pegar... Depois de uma acalorada discussão, pegamos um que nos levou até ao Duomo, bem no centro da cidade e que estava "lotada" de gente (afinal era noite de sábado!). O objetivo era jantar no restaurante Al Pozzo, sobre o qual eu tinha lido em minhas pesquisas que servia a legítima comida toscana e a preços imbatíveis! Ficava próximo de onde estávamos e, seguindo o mapa que tínhamos, caminhamos uma meia hora e lá estava ele! Muito simples, os próprios donos anotam os pedidos, servem as mesas, abrem os vinhos... O serviço é rápido e muito eficiente. as porções bem servidas e tudo muito gostoso! Verificamos que é frequentado tanto por locais como por turistas. 

Pedimos, de entrada, uma sopa de cebola, a qual dividimos. Mary escolheu boconccinni con polenta (cubos de carne bovina ensopada no molho de tomates acompanhados por fatias de polenta) e eu pedi ossobuco con risotto milanese (uma posta de carne bovina com osso, cozida no molho muito bem temperado de tomates e servida com risoto "da casa"). Bebemos uma garrafa de vinho tinto da região de Chianti, um Morellino de Scansano e água natural. Para encerrar tomei uma grappa e um espresso. A conta: €43! Realmente um dos melhores "custo x benefício" que tivemos!

sopa de cebola
boconccinni con polenta
                                                    ossobuco con risotto

Após esta deliciosa experiência enogastronômica, pegamos o tram até o hotel, subimos e fomos dormir.

Dica gastronômica: Ristorante Al Pozzo - Via San Carpoforo, 7, Milão

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

16º dia: 6ª feira, 15 de novembro de 2013 - Turim, Ivrea


Estação Porta Susa
Depois do nosso já tradicional café da manhã com algazarra dos adolescentes no hotel, fomos a pé até a Piazza Caio Mario, onde compramos os bilhetes para embarcar no tram e seguirmos até outra estação ferroviária "modernosa", a Porta Susa. Ali adquirimos os tickets para viajar até Ivrea, conforme planejamos. Cada um custou €5,75, ou seja, por passageiro e por "perna". O trem partiu rigorosamente na hora, como era de se esperar e, mais ou menos depois de 15 minutos, ele fez uma parada em Chivasso e em seguida continuou mais uns 40 minutos até nosso destino.



Ivrea
A cidade é medieval, pequena, tem um castelo, construido no século XIV, e a catedral como pontos turísticos principais. Algumas de suas ruas sinuosas, estreitas e com casarios típicos do início dos anos 1900, nos lembraram muito os cenários da 2ª Guerra Mundial que vemos em filmes: as sacadas, as janelas fechadas, as calçadas mínimas... Entretanto Ivrea é famosa, mesmo, por seu carnaval, tradicionalíssimo, bem diferente do brasileiro, pelo que pude ler a respeito: tem desfile de banda de música, tem cavaleiros e, para encerrar, acontece uma "guerra de laranjas" que faz o maior sucesso (vai entender...). Ainda, como cultura geral: a matriz da Olivetti (lembram?), que teve seus áureos tempos fabricando máquinas de escrever e calculadoras mecânicas, depois até computadores, ficava nesta cidade. Também, por causa do rio que a corta ser encachoeirado, há uma demarcação em um trecho dele onde ocorrem competições internacionais de caiaques. 

Carnaval: guerra de laranjas
A estação ferroviária local fica junto com a rodoviária e a apenas uns 700 m do centro sendo que, bem a seu lado, há um centro comercial misturado com loja de €1,99 e um grande supermercado, todos funcionando porém ainda em obras de acabamento. Assim que descemos do trem fomos caminhando para o centro e fizemos nosso pit stop numa confeitaria muito elegante, onde provamos uma torta folhada de presunto e duas taças de vinho. Em seguida fomos caminhando até o tal castelo, que fica no topo de um morro e que estava fechado para visitações, e passamos em frente à catedral. Não há muito o que fazer na cidade, ainda mais por ser horário de almoço e tudo estar fechado... Resolvemos, então, voltar até a estação e fazer uma visitinha ao centro comercial, que está apelidado de "Out-Let". A loja de €1,99 pertence a coreanos, como não poderia deixar de ser! Uma diversidade de produtos invejável: sapatos, canetas, capas para celular, guarda-chuvas, etc, etc, etc... E os preços, incríveis! Bastante gente lá dentro...

Ghiottus Taberna
Embarcamos no trem de volta e descemos na mesma estação de onde partimos. Começou a chuviscar e saimos andando procurando um restaurante de comida típica, denominado Mammalicia, que a Srª Nella, de Alba, havia nos indicado. Fica no centro e é de uma amiga dela que, conforme suas informações, cozinha muito bem! Depois de caminharmos bastante o encontramos, só que eram 6:30 da tarde, ele estava fechado e tinha um cartaz na porta dizendo que só abria depois das 8 da noite! Um tanto quanto frustados voltamos pela mesma rua e nos deparamos, a uns 5 quarteirões adiante, com o Ghiottus Taberna, que estava aberto para um aperitivo ou coisa do gênero, mas a cozinha só ia funcionar a partir das 19:00 h. O que fizemos: sentamos numa mesa de frente para a rua, com um janelão, pedimos um vinho Dolcetto Monferrato Carlin de Paolo, produzido em Asti, e uma entrada: bruschette di alici (fatias de pão torradas com mini-enchovas salgadas e em conserva). Quando o garçon veio nos informar que já poderíamos pedir o jantar, Mary escolheu tayarin al burro e limone (talharim ao molho de manteiga e limão) e eu fui de tripas al rosso (dobradinha preparada com vinho tinto), ambos muito saborosos. Tomamos água natural e eu um espresso. A conta: €40! 


bruschette di alici 
tayarin al burro e limone
tripas al rosso
Devidamente cansados e bem alimentados, tomamos o tram e retornamos para o hotel: estava na hora do banho e de dormir...

Dica gastronômica: Ghiottus Taberna - Via Urbano Rattazzi, 2H, Turim