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Frecciabianca |
Dia de nos despedirmos de Turim: iríamos para Milão, passar 4 dias e, de lá, embarcar para o Brasil, de volta para casa! Acordei às 5 da manhã com um "baticum" debaixo da janela do nosso quarto, que ficava no 3º andar: era dia de feira, novamente, e a montagem das barracas, a descarga e a arrumação das mercadorias geravam este barulho todo... Aproveitamos, então, para realizar uma experiência. Tínhamos levado 3 malas, duas médias e uma pequena. A pequena era para trazer os vinhos, que já estavam devidamente enrolados em roupas que não iríamos mais usar. Então Mary deu a idéia de tentarmos esvaziar uma das malas médias e colocar a pequena dentro dela, para termos menos coisas para carregar! E não é que deu certo?
Nós tínhamos comprado, e pago no ato, pela internet, ainda no Brasil, duas passagens no trem de alta velocidade Frecciabianca de Turim para Milão, que custaram €18! O detalhe era o seguinte: não poderíamos alterar nada nelas, nem data, nem horário e também não eram reembolsáveis... Mas valeu a pena! Então, depois do café da manhã, descemos para o check-out: como também já tínhamos pago quando reservamos, estava tudo certo, foi só agradecer ao Sr. Emaq por tudo e nos despedirmos. Ele ainda comentou que um dos seus sonhos era vir ao nosso país para assistir a Copa do Mundo de futebol! Desejamo-lhe sorte! E partimos, de "mala e cuia", para pegar o tram até a estação Porta Nuova, onde embarcaríamos.
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estação Porta Nuova |
Eram dez horas da manhã e enquanto esperávamos o horário do trem partir (às 13:10 h) fomos até o escritório da empresa que administra as ferrovias italianas, a Trenitalia, onde descobrimos que este tipo de bilhete, impresso numa folha de papel em casa, não precisa ser validado na máquina, é só embarcar no vagão certo, sentar nas poltronas marcadas e mostrar para o fiscal, que está tudo OK! Aproveitamos o tempo que tínhamos para, nos revesando, dar uma passeada pelas lojas existentes na estação enquanto um ficava vigiando as malas .
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vagão Frecciabianca |
O os vagões do trem, mesmo na classe econômica, que era o nosso caso, são superconfortáveis, limpíssimos e espaçosos. A viagem demorou não mais que 1:40 h e nem parece que você vai a 300 km/h! Desembarcamos na imponente estação Milano Centrale e, enquanto Mary olhava as malas, eu fui tentar comprar tickets para o metrô, pois já havíamos pesquisado como chegar ao hotel que reservamos. Entretanto, após perguntar a um policial, ele me indicou o escritório de turismo na própria estação. Eu o encontrei e estava fechado! Perguntei novamente ao mesmo policial, que me respondeu que só ali eram vendidos... Fazer o quê?
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estação Milano Centrale |
Saimos, então, e nos dirigimos ao ponto de táxi. Perguntamos a um dos motoristas quanto custaria uma corrida até o Antares Hotel Academia, onde iríamos nos hospedar, o qual nos informou que seria algo em torno de €12... Embarcamos e, vinte minutos depois, pagamos €12,90 em frente ao hotel. Fizemos o check-in, tudo OK com nossas reservas e nos acomodamos. Neste dia tentamos mais uma vez, e conseguimos, falar com nossos filhos, usando o chip para celular que compramos em Como!
Descemos, solicitamos um mapa e informações ao recepcionista do hotel, compramos bilhetes para o transporte público ali mesmo na recepção (€1,50 cada) e nos dirigimos para o ponto que fica bem em frente. Estava frio e chuviscando. Consultamos o mapa que fica exposto no abriga e ficamos em dúvida qual
tram pegar... Depois de uma acalorada discussão, pegamos um que nos levou até ao
Duomo, bem no centro da cidade e que estava "lotada" de gente (afinal era noite de sábado!). O objetivo era jantar no restaurante
Al Pozzo, sobre o qual eu tinha lido em minhas pesquisas que servia a legítima comida toscana e a preços imbatíveis! Ficava próximo de onde estávamos e, seguindo o mapa que tínhamos, caminhamos uma meia hora e lá estava ele! Muito simples, os próprios donos anotam os pedidos, servem as mesas, abrem os vinhos... O serviço é rápido e muito eficiente. as porções bem servidas e tudo muito gostoso! Verificamos que é frequentado tanto por locais como por turistas.
Pedimos, de entrada, uma sopa de cebola, a qual dividimos. Mary escolheu
boconccinni con polenta (cubos de carne bovina ensopada no molho de tomates acompanhados por fatias de polenta) e eu pedi
ossobuco con risotto milanese (uma posta de carne bovina com osso, cozida no molho muito bem temperado de tomates e servida com risoto "da casa"). Bebemos uma garrafa de vinho tinto da região de
Chianti, um
Morellino de Scansano e água natural. Para encerrar tomei uma
grappa e um
espresso. A conta: €43! Realmente um dos melhores "custo x benefício" que tivemos!
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sopa de cebola
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boconccinni con polenta |
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ossobuco con risotto
Após esta deliciosa experiência enogastronômica, pegamos o tram até o hotel, subimos e fomos dormir.
Dica gastronômica: Ristorante Al Pozzo - Via San Carpoforo, 7, Milão